Séchu Sende fala de “O mundo secreto de Basilius Hoffman. O ladrón de soños” 12th Agosto 2011 – Posted in: Alcaián, Novidades
Colamos aquí unha nota do noso amigo Séchu Sende sobre a novela “O mundo secreto de Basilius Hoffman. O ladrón de soños”, de Fernando Cimadevila. Obrigadísimos, Séchu:
Umhas palavras sobre O mundo secreto de Basilius Hoffman. O ladrón de soños.
Pois si. Acabo de ler O mundo secreto de Basilius Hoffman. Estou de parabéns!
Tivem sorte. Passava pola feira do livro da Corunha e um cartaz levou-me a olhada. Um desenho diferente atraeu-me á caseta dumha editorial diferente –com livros góticos, de fantasia, de ficçom científia e muito, muito terror!
Sempre tivem muito cuidado com os livros gordos. Normalmente som mais caros e, em caso de decepçom, eu som dos que sempre abandona em quanto a história se pom aborrecida. Som umha inversom arriscada. ; ) Mas o livro que chamou por mim –aínda nom sei mui bem por que- era um desses livros de mais de trescentas páginas e arredor de meio quilo.
De veras, nom estava nos meus planos ler um livro assi. Tinha a cabeça por outros mundos. Despois de ler a autobiografia de Nelson Mandela, reler um livro de poesia de Andrea Nunes, acabar um romance de José Eduardo Agualusa e ter vários livros na mesinha de noite… eu realmente fora passeiar á feira do livro ver se atopava um livro de banda desenhada…
Nom sei se me entendedes, no meu menu de leituras –porque eu som um devorador de livros- nom figurava por ningures um livro de fantasia. Nom era um ingrediente que precisara nestes momentos da minha vida, pensava, a fantasia.
Mas alí estava eu, com o livro na mao. O mundo secreto de Basilius Hoffman. O ladrón de soños.
Pensei em Candela. A minha afilhada Candela, por outro lado, tamém se foi convertendo, com o passo dos anos, noutra devoradora de livros. Aínda que, claro, quando nos juntamos para falar dessas cousas muitas vezes me avergonha a minha ignoráncia sobre as suas leituras. Eu falo-lhe de Jack London e ela, de roedores detectives. Aventuras, aventuras, aventuras….
Pensei que se o livro nom me enchia sempre podia passar-lho a Candela, a ver se a ela lhe aproveitava… Nom sei.
Mais fantasia…, pensei com o livro na mao, mais aventuras…, pensei eu que tenho a impresiom de viver a minha própria vida como umha ventura cheia de fantasia…
Á noite, na cama, deixei de lado um livro sobre a esquizofrénia que trougera da biblioteca e colhim ar, relaxei-me e abrim o livro de Basilius Hoffman e… todo foi mui rápido. As páginas começarom a passar. A passar-se.
Lástima nom ter feito uns test de velocidade leitora antes e despois de ler o livro porque estou seguro de que aumentei as revoluçons de palavras por minuto. Havia tempo que um livro nom tirava de mim cara adiante com tanta força e tanto pracer, en muitas das suas variantes. Entre elas, o pracer da evasiom.
Devo dicer que antes de mercar o livro nom conhecia o autor, -que me botou umha sinatura no momento da compra, obrigado!- nem o desenhador nem ninguém da editorial. Polo tanto estou a falar da minha experiéncia leitora com umha única vontade: animar a outra gente a que poida viver umha aventura parecida á que vivim eu com este livro nas maos.
Nom tenho pensado dizer-vos nada sobre a história. Nem sequera vou fazer umha crítica sobre este romance de fantasia. Nom tal. Porque nom quero participar no vosso proceso criativo, nom quero condicionar a vossa criatividade quando comecedes a passar as páginas. Aínda que, sem querer, talvez já o esteja a fazer…
Houvo cousas das que nom gostei. Botei de menos, por exemplo, um maior protagonismo das mulheres. Mas aquelas das que gostei forom as que me pugerom a escrever estas palavras antes de saír para o supermercado animando-vos a abrir “O ladrón de soños”.
Porque neste mundo cruel, nesta sociedade violenta que nos tocou viver, entre a porca miséria que nos rodeia, com este livro nas maos tamém aprendemos -entre outras cousas- a proteger os nossos sonhos. E as nossas realidades.
Parabéns ao escritor, Fernando Cimadevila, e ao ilustrador, Iván Valladares. E parabéns, por suposto, a mim mesmo. Por ter-me adentrado num mundo de fantasia made in gz e ter vivido esta experiéncia fantástica.
Ah!!!!, e, isso si, tenho claro que em quanto passe por umha livraria merco outro exemplar de “Basilius Hoffman” para a minha afilhada, Candela.